terça-feira, julho 18, 2006

Mea Culpa

...que se fez aqui a morada de vozes des-conhecidas eu já sabia. Mas não sabia quais vozes eram verdadeiras, quais eram falsas. (Se é que importa realmente saber). O fato é que durante dois anos, mais ou menos, incorporei falas e atitudes que não condiziam com algo (sei lá o quê) que poderia ser mais próximo de atitudes esperadas por um outro eu que neguei por essas mesmas presenças. Um círculo vicioso que ficou visível neste espaço (virtual). Meus leitores (talvez seja demasiada pretensão que a[s] minha[s] voz[es] ecoe[m] no ouvido de outrem no outro lado do espelho) sempre muito gentis não manifestaram nenhum descontentamento pelo fato de que as palavras que digito fossem sempre tão iguais em expressar clichês. Prometo fazer algo a respeito (mas não prometo cumprir). Sim, diria, é muito fácil repetir, repetir, repetir. É mais fácil, é verdade, do que permitir que o tempo se encarregue das palavras certas no momento certo. A ação (dolorosa) de transformar a poeira acumulada da vida em palavras, frases e sentido foi banalizada pelos blogs (há quem diga que a culpa é do papel em branco que aceita tudo que nele pousa, agora colocam a culpa no monitor em branco), por isso ficou tão fácil escrever por comodismo e ler (bem, admito, escrever mais do que ler, ou não, nem ler, nem escrever... postar e comentar)... Enfim, não tenho o que escrever aqui (por enquanto) e vejo que já ultrapassei o limite para dizer que não tenho nada a dizer. Obrigado àqueles que (não) lêem isto aqui.