quarta-feira, setembro 21, 2005

o mundo tá loucão e eu aqui vivendo num hiato minha mochila está empoeirada em uma gaveta
e meus tênis, brancos
ah, se ao menos fosse um poeta
ou tivesse uma a( r )( l )ma meu violão quebrou
na segunda eu acordo cedo sexta feira finjo que não vi quem entrou pela janela
sábado é interessante fadas me beijam a face
e, mudo, olho ao redor
o mundo realmente tá loucão
a quarta feira está suspensa, a quinta nem aparece e
a segunda se repete
queria ao menos que as palavras seguissem o ritmo dessa música
compro minha passagem em algum lugar do campus
e venho sem alegria ou tristeza observando
as ruas cheias de automóveis de pedestres de fumaça
e toda quarta me sento ao lado daquela senhora
mas no sábado as fadas me beijam a face
me roubam o sabor
se ao menos fosse um poeta talvez as ruas se tornassem vidro mole
minha casa uma cabana e essa tontura embriaguez
mas erro as palavras
se ao menos fosse um qualquer que se perde na multidão
caminha no asfalto quente e sorri ao esbarrar em alguém
um qualquer que se contenta com um palavrão
ou em ser poeta
mas o anjo torto (ou louco) não me tocou
sou esse aqui que finjo escrever
que mente ao dizer sim e não mora em uma cabana
e não sabe como parar - nem começar.

segunda-feira, setembro 19, 2005

Alala ô
ôôô
mais que calor
ôôô