segunda-feira, março 14, 2005


Na horizontalidade do ser os olhos perduram na sub-repticia imagem que com certa força se mostra após determinado esforço. No vai-e-vem, uma certa sonolência alcança os aquosos responsáveis pelo delírio noturno. Uma hora reservada para a ilusão. Degustada a módicos pedaços, suspirada e sofrida, a realidade corporal é subjugada pelo torto devaneio conduzido. São palavras espaçadas por regras gramaticais que se condensam em longas nuvens a se espalharem com o tempo pelo céu carregado, este logo tomado deixa escapar pelas frestas longos raios de um luz amarelada. Conversa psiquica que coloca em contato duas subjetividades, na mais perfeita comunicação, distância permitida e explorada num ir e vir que acompanha o espaço percorrido pelo corpo. Amálgama entre espaço e tempo, corpo e devaneio. A sonolência se intensifica na medida do impossível visualizado, sabor que fica na ponta da língua, imaginação sofrida e querida. Convulsão que os olhos, no caminho percorrido no áspero contato entre as mãos e o objeto, vão ditando à mente resultando num súbito espasmo, manifestação livre de uma vontade ditada pela alma. Querer acalmado, às vezes instigado, mas que sublimado se desfaz em satisfação. As imagens são quases táteis agora e o relaxamento a acompanha, avançando, ambos, o terreno da morte e a consciência insiste em barrar o caminho, mas esse é sedutor, corrompe facilmente uma alma áspera. É rompido o pacto que conduz ao leve torpor e o dia se encerra. Agora os sonhos são absolutos, a eterna barreira entre o devaneio e eles foram rompidos, os olhos já não guiam, estão cerrados, o espírito venceu o corpo e dormente a alma sorri. Posted by Hello

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

sub-repticia? mas nem com mil dicionários.

00:10  
Anonymous Anônimo said...

sub-repticia? mas nem com mil dicionários.

00:10  

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